Língua chinesa
A
língua chinesa (汉语 / 漢語, Pinyin:
Hànyǔ, 华语 / 華語,
Huáyǔ ou 中文,
Zhōngwén) é um idioma (ou família de línguas) que pertence ao ramo sino-tibetano. Aproximadamente a quinta parte dos habitantes da Terra fala alguma forma de chinês como língua materna, tornando a língua chinesa a mais falada no planeta, embora não seja a mais difundida.
É uma língua tonal,
isolante e, basicamente, monossilábica, tendendo ao monossilabismo
principalmente na variante escrita, enquanto as variantes faladas
(notoriamente o mandarim) costumam fazer amplo uso de palavras dissilábicas e polissilábicas.
EscritaA língua chinesa, em todas suas variantes, é escrita com logogramas.
Com a complexidade e variedade de objetos a serem nomeados, muitos
acabam sendo designados por mais de um logograma, de modo que os
caracteres postos um ao lado do outro geram um novo significado. Os
chineses usam este sistema com espírito e criatividade, como por
exemplo representando o conceito de " inquietude" ou "inquieto"
colocando juntos os ideogramas "cavalo" e "pulga".
A transliteração dos caracteres chineses para as línguas que usam o alfabeto latino pode ser feita pelo sistema Wade-Giles, criado por dois missionários estadunidenses. Após a Revolução Cultural em 1949, uma comissão de filólogos criou um novo sistema conhecido como Pinyin. Como um exemplo, no sistema Wade-Giles escreve-se "Mao Tsé Tung", enquanto que em Pinyin grafa-se "Mao Zedong". Para indicar os tons podem-se utilizar acentos sobre as vogais, ou ainda números ao final de cada sílaba.
GramáticaO idioma chinês é um idioma basicamente monossilábico: cada raiz é
formada de apenas uma sílaba. As palavras, que podem ser formadas por
uma, duas ou mais raízes, sendo, portando, mono-, di-, trissilábicas
etc., não são flexionadas; as definições de singular, plural,
superlativo, posse etc. são definidas, quando o são, por vários meios
(partículas, advérbios, construções sintáticas especiais etc.). Não
existe flexão de gênero, número, caso, tempo etc. Também não existem
artigos.
Sistema de escritaA escrita chinesa
é caracterizada pela ausência de um alfabeto. No idioma chinês, os
grafemas (símbolos ou ideogramas) não transcrevem fonemas, mas
significados, e cada grafema pode ser pronunciado de uma forma
completamente diferente de acordo com o dialeto. Cada grafema isolado é
lido como uma sílaba diferente e, para formá-los, muitas vezes se
utilizam elementos diferentes. Por exemplo: para se representar a idéia
de "brilho" (明), o grafema combina os das idéias "sol" (日) e "lua" (月).
Para representar uma floresta, faz-se o desenho de duas árvores (林) e
assim por diante. Quando a palavra tem duas sílabas, cada idéia que a
compõe é representada num grafema diferente. Por exemplo, a palavra
"computador" (電腦) é representada com as palavras "eletricidade" (電) e
"cérebro" (腦).
Existe também um sistema oficial de transcrição dos caracteres chineses para o alfabeto latino, chamado pinyin, mas a escrita tradicional ainda é predominante. Um outro sistema de transliteração é o Wade-Giles, amplamente usado na maior parte do século XX.
Estrutura fonológicaA estrutura fonológica chinesa, como das demais línguas sino-tibetanas,
é caracterizada pela diferença na entonação de cada palavra. Assim, uma
mesma sílaba pode ter significados completamente diversos, dependendo
da entonação utilizada - conferindo certa musicalidade no discurso da
fala. Devido a essa característica, não existe acento tônico. O número
de tons possíveis varia de um dialeto para outro. No mandarim existem quatro tons e mais um quinto tom neutro. No hakka existem seis tons, no taiwanês, sete tons, e no cantonês, nove tons.